sexta-feira, 21 de maio de 2010

Claude Monet – francês (1840-1926) foi o ‘chefe’ da escola impressionista. O impressionismo foi o natural desenvolvimento do Realismo. Nasceu, elaborou-se e definiu-se dentro do Realismo. Fazem parte desse movimento Claude Monet, Auguste Renoir, Coubert, Manet, Camille Pissarro, Alfred Sisley, Berthe Morisot e Edgarde Degas, Ernest-Lurent, Henri Martin, Le Sidaner, o alemão Fritz Von Uhde entre outros.

Foi um movimento em que jovens pintores se juntaram, criaram suas obras e resolveram fazer uma exposição: sofreram críticas e atos de indignação da maioria dos visitantes e da crítica, considerando-os falsos pintores. A exposição encerrou-se 1 mês depois. Eram chamados de ‘selvagens obstinados’ e que não queriam terminar seus quadros, por preguiça ou incapacidade.

Farsantes! Impressionistas! Gritavam muitos. A palavra Impressionista era gritada pejorativamente. Dois anos depois fizeram outra exposição e pregaram na porta da rua Lê Peletier, 11, uma tabuleta dizendo: ‘Exposição dos Pintores Impressionistas’. Deste modo sarcástico, nascia a nova pintura cujas características técnicas e expressivas se estenderiam a outras artes, inclusive à musica, com Claude Debussy.
Entre restrições e ironias, combatidos sobretudo pela Escola de Belas Artes e pelo Salão Oficial, aos poucos os Impressionistas foram sendo entendidos e compreendidos, quando, em 1886 o grupo se dispersou, cada um tomando seu rumo. A nova pintura tornou-se conhecida nos demais países europeus e suas obras admiradas e adquiridas por colecionadores nacionais e estrangeiros.

Os Impressionistas inovaram na técnica e na expressão da pintura. A realidade era vista de um modo original, diferente da pintura retratada até então.
Os Impressionistas se diferenciavam de outras Escolas, e diziam eles:

1 – Que a cor não era uma qualidade permanente na natureza; as tonalidades estão mudando constantemente, ao contrário, estão mudando incessantemente, com sutilezas impermeáveis ao olhar embotado ou desatento.

2 – A linha não existe na natureza. A linha é uma abstração criada pelo espírito do homem, para representar as imagens visuais.

3 – As sombras não são pretas nem escuras. São luminosas e coloridas. São cores e luzes de outras tonalidades.

4 – A aplicação dos reflexos luminosos ou do contraste das cores se influenciam reciprocamente. Essas influências obedecem ao que se chama ‘a lei das complementares’, percebida pela sensibilidade de muitos pintores e depois formulada em bases científicas.

5 – A dissociação das tonalidades ou a mistura ótica das cores.

Na ânsia de obter a limpidez e transparência das cores naturais, os impressionistas resolveram produzi-las na pintura como as produz a natureza. Quando queriam representar o verde, por exemplo, em lugar de darem uma pincelada de verde, já preparado na paleta com a mistura do amarelo e azul, ou do próprio tubo, davam duas pinceladas bem juntinhas, uma azul e outra amarela, a fim de que a mistura das duas cores, produzindo o verde, se fizesse no nosso cristalino, no mesmo processo da natureza. Essas pinceladas, miudinhas, eram usadas por quase todos os impressionistas e denominavam de ‘mistura ótica.

...duvidas do brilho das estrelas

ou até do perfume da flor
duvidas de toda a verdade
mas nunca do meu amor
por mais longe que o sol esteja,
sentimos o seu calor,
por mais difícil que seja nunca desistirei do seu amor

HAMLET
















Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...



Florbela Espanca