terça-feira, 26 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Eu sei que vou te amar - Toquinho e Orquestra Arte Viva - Vinicius Jobim

Insensatez








A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado


Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes

Inteligências Múltiplas

Commedia dell'arte



Comédia da habilidade. Arte mimética segundo a inspiração do momento, improvisação ágil, rude e burlesca.
Quando o conceito de Commedia dell’arte surgiu na Itália no começo do século XVI, inicialmente significava não mais que uma delimitação em face do teatro literário culto, a commedia erudita. Os atores dell’arte eram, no sentido original da palavra, artesãos de sua arte, a do teatro. Foram, ao contrário dos grupos amadores acadêmicos, os primeiros atores profissionais. Tiveram por ancestrais os mimos ambulantes, os prestidigitadores e os improvisadores. Seu impulso imediato veio do carnaval, com os cortejos mascarados, a sátira social dos figurinos de seus bufões, as apresentações de números acrobáticos e pantomimas. As companhias de commedia dell’arte mantinham forte tradição familiar e artesanal. Intinerantes, percorriam toda a Europa, apresentando-se em vilas, cidades e lugarejos. A habilidade de improvisação se adequava bem às condições que encontravam no caminho, pois nem sempre havia lugar adequado para as apresentações. Se às vezes se apresentavam em salões de palácios, patrocinados por nobres, noutras mostravam seu trabalho nas ruas e praças, sobre tablados, dispensando cenários e outros elementos de cena.

As performances seguiam um repertório de situações constantes: adultério, ciúmes, velhice, amor. Os diálogomisturados com piadas antigas. Os personagens eram identificados através dos figurinos e máscaras. Alguns até carregavam adereços, como palmatórias.
O roteiro tradicional era dos innamorati, os apaixonados e s e ações podiam ser facilmente ajustadas para satirizar escândalos locais, eventos recentes, gostos regionais e seu desejo em casar. Entretando, um vecchio (velho) ou vários velhos, vecchi que querem evitar o casamento e, assim, envolvem um ou mais dos zanni (servos) para ajudá-lo. Tipicamente, tudo acaba bem, com o casamentos dos innamorati e o perdão de todas as maldades. Existem incontáveis variações desta história.
Os personagens
A fixação de tipos pelo dialeto tornou-se traço característico da Commedia dell’arte. O contraste da linguagem, status, sagacidade ou estupidez de personagens predeterminadas assegurava o efeito cômico. A tipificação levava os intérpretes a especializar-se numa personagem em particular.
Os personagens da Commedia dell’arte são divididos em três categorias: os zanni são os personagens de classe social mais baixa. Os servos. Os vecchi que representam os de classe social mais abastada e os innamorati, os amantes, que querem se casar.



Arlecchino – também conhecido como Harlequin, é um palhaço. Um dos zanni. Acróbata, amoral, glutão.É facilmente reconhecível pela roupa branca e preta com estampa em forma de diamantes O papel algumas vezes é substituído pelo Truffeldino, seu filho. Sua máscara possui uma testa baixa com uma verruga. Algumas vezes, usa um lenço negro sob o queixo e amarrado no alto da cabeça. Geralmente, Arlecchino é o servo do Pantalone, às vezes do Dottore. Ele ama Colombina, mas ela apenas o faz de idiota.




Brighella – Um trapaceiro, de pouca moral e desmerecedor
de confiança. É retratado como agressivo, dissimulado e egoísta.





Il Capitano – Forte e imponente, mas não necessariamente heróico, geralmente usa uniforme militar, mas de forma exagerada e desnecessariamente pomposa. Conta vantagens como guerreiro e conquistador, mas acaba desmentido. Capa e espada são adereços obrigatórios.





Dottore – O doutor. Visto como o homem intelectual, mas geralmente essa impressão é falsa. Ele é o mais velho e rico dos vecchi. Geralmente, interpretado como um pedante, avarento e sem o menor sucesso com as mulheres. Usa uma toga preta com gola branca, capuz preto apertado sob um chapéu pret





Columbina – A contrapartida feminina do Arlecchino. Usualmente
retratada como inteligente e habilidosa. É uma das servas, uma zanni. Algumas vezes, utiliza roupas com as mesmas cores do Arlecchino.
o com as abas largas viradas para cima.
 


Os Innamorati são os amantes.O innamorato e a innamorata têm muitos nomes. (Isabella era o nome mais popular usado para a innamorata). Eles são jovens, virtuosos e perdidamente apaixonados um pelo outro. Eles usam os trajes mais belos e de acordo com o período e a moda vingente e nunca usam máscara. Geralmente, cantam, dançam ou recitam poemas.





Pantalone – Um dos vecchi. Geralmente, muito rico e muito avarento. O arquétipo do velho pão-duro. Não se preocupa com mais nada além de dinheiro. O cavanhaque branco e o manto negro sobre o casaco vermelho, possui uma filha casadoira ou é ele próprio um cortejador ardio.





Pedrolino, – Também conhecido como Pierrot ou Pedro, é o servo fiel. Ele é forte, confiável, honesto e devotado a seu mestre. Ele também é charmoso e carismático e usa roupas brancas folgadas com um lenço no pescoço.






Pulcinella – Muitas vezes conhecido como “Punch”. O esquisito, inspirador de pena, vulnerável e geralmente desfigurado. Na maioria das vezes, com uma corcunda. Muitas vezes, não é capaz de falar e, por isso, comunica-se através de sinais e sons estranhos Sua personalidade pode ser a de um tolo, ou de um enganador. Tem a voz estridente e sua máscara tem um nariz grande e curvo, como o bico de um papagaio.






Scaramuccia - Também conhecido como Sacaramuche, é um pilantra. usa
uma mascara de veludo negro, assim como também suas roupas e chapéu. Um bufão, geralmente tratado como um contadode de mentiras e covarde




Disponivel em: http://escoladeteatrocatarse.wordpress.com/2008/01/15/os-personagens-da-commedia-dellarte/

domingo, 3 de julho de 2011



Como é que vai a sua vida?
Em algum momento se lembrou de mim?
Já faz tanto tempo que a gente não se vê
Será que até já me esqueceu?
Ficaram tantas coisas desse amor
Me acompanhando em minha solidão
Hoje de você eu guardo só recordações
E vivo dessa consciente ilusão

Procuro não pensar mas sempre sonho com você
Seu beijo, seu perfume, sua pele a me tocar
Prefiro não lembrar mas não consigo esquecer
Aquele seu sorriso e tanto amor no seu olhar

Pra ser sincero eu já tentei me enganar
Pensando um dia encontrar outro alguém
E hoje pra ser mais sincero ainda
Como você não há ninguém

Mas eu não quero ouvir você dizer
Que um dia a gente vai se ver por aí
Olha, meu amor, sabe o que mais
Mentir pra que, assim não dá, quero voltar pra você

Procuro não pensar mas sempre sonho com você
Seu beijo, seu perfume, sua pele a me tocar
Prefiro não lembrar mas não consigo esquecer
Aquele seu sorriso e tanto amor no seu olhar

Mas eu não quero ouvir você dizer
Que um dia a gente vai se ver por aí
Olha, meu amor, sabe o que mais
Mentir pra que, assim não dá, quero voltar pra você


Roberto Carlos




Eu, cada vez que vi você chegar,
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido, eu disse nunca mais
Mas, novamente estúpido provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz

Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca mais pra mim

Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor

Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você

Eu, toda vez que vi você voltar,
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim

Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui
E sei que vou chorar a mesma dor

Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim

Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim


DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO_Roberto Carlos




Maior que o meu amor
É a vontade de dizer que não te amo,
Que não te quero, não te peço e não te chamo
Nas horas tristes de saudades de você
Eu sempre choro e ao mesmo tempo
Tento achar um só defeito
Que você tenha para encontrar um jeito
De não chorar e sentir raiva de você
Porque

Já não suporto mais
Viver tão longe de você sem esperança
Mas mesmo assim meu pobre coração não cansa
De lhe pedir pra que não tente me esquecer

Mas se você voltar
Direi sorrindo que já não me serve o seu amor
Só tenho medo que você, meu bem, perceba a dor
E a minha lágrima na hora do adeus

Mas se você voltar
Direi sorrindo que já não me serve o seu amor
Só tenho medo que você, meu bem, perceba a dor
E a minha lágrima na hora do adeus

Roberto Carlos - "Outra Vez" (TV Globo, 1979)





Você foi...
O maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci

Você foi...
Dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples pra mim

Você foi...
O maior dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu

E é por essas e outras
Que a minha saudade
Faz lembrar
De tudo outra vez.

Você foi...
A mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu

Você foi...
O caso mais antigo
E o amor mais amigo
Que me apareceu

Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez...

Me esqueci!
De tentar te esquecer
Resolvi!
Te querer, por querer
Decidi te lembrar
Quantas vezes
Eu tenha vontade
Sem nada perder...

Ah!
Você foi!
Toda a felicidade
Você foi a maldade
Que só me fez bem
Você foi!
O melhor dos meus planos
E o maior dos enganos
Que eu pude fazer...