Certa vez,  após uma enchente, um escorpião, querendo passar ao outro lado do rio,  aproximou-se de um sapo que estava à beira e fez-lhe um pedido:
"Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
 O sapo respondeu: 
"Só se eu fosse tolo!  Você vai me picar , eu vou ficar paralisado e vou morrer."
Retrucou o escorpião, dizendo: 
"Isso é ridículo!  Eu não pagaria o bem com o mal."   
E o sapo  sempre se negando a levá-lo. E tanto insistiu o escorpião que o sapo,  de boa-fé, confiando na lógica do aracnídeo peçonhento, concordou. Levou  o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio  do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo. 
 Atingido pelo veneno, já chegando à margem do rio, moribundo, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou: 
"Por quê? Por quê essa maldade ?  Por que você fez isso, escorpião ?"
 E o escorpião respondeu: 
"Não sei...  Não sei mesmo !!!  Talvez porque eu seja um escorpião e essa é a minha natureza..."
 

 
 
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